segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

UFPA requer R$ 178 milhões em orçamento para 2017

Nos últimos anos o orçamento da Universidade Federal do Pará (UFPA) encolheu, o que aumenta o desafio de administrar a maior universidade da Amazônia. Os números foram apresentados durante o XXVIII Fórum dos Coordenadores dos Campi da instituição, realizado no campus de Castanhal recentemente. Para 2017, a instituição prevê o recebimento de R$ 178 milhões, mais de R$ 41 milhões abaixo do orçamento de 2014.
O painel temático “Diretrizes para o planejamento e execução orçamentária na Universidade Multicampi” reuniu Horário Schneider, pró-reitor de Relações Internacionais (Prointer); Raquel Trindade, pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan); e João Cauby Júnior, pró-reitor de Administração (Proad) da UFPA e foi mediado pelo vice-reitor Gilmar Silva.
UFPA receberá 39 alunos estrangeiros - O ex-reitor Horácio Schneider detalhou a reformulação da Prointer e as orientações sobre a institucionalização das parcerias internacionais a fim de aperfeiçoar e regular legalmente as ações que os professores da UFPA mantém com pesquisadores e instituições localizadas fora do país. Ele destacou a importância do envio de estudantes a outras universidades, mas também de recepcionar alunos estrangeiros nos programas de pós-graduação da UFPA.
“No momento, cerca de 39 alunos de universidades estrangeiras estão vindo para a nossa universidade e essa presença é importante porque dimensiona nossa internacionalização”, reforçou o pró-reitor. Entre as parcerias e potenciais acordos, Horácio Schneider apontou a cooperação com a Irlanda, Alemanha e Cabo Verde como exemplos dos diversos tipos de ações conjuntas a serem desenvolvidas.
UFPA planeja os próximos anos – Em fase de finalização do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPA para os próximos dez anos, a pró-reitora Raquel Trindade apresentou como funciona a Proplan e os principais marcos do novo PDI da UFPA.
O documento deve reforçar a intenção da universidade em expandir a oferta de ensino, pesquisa e extensão em todo o Estado por meio, principalmente, da criação de novas universidades, como a Universidade Federal do Nordeste Paraense, a ser sediada em Bragança; a Universidade Federal do Xingu, sediada em Altamira; e a Universidade Federal da Amazônia Tocantina, que reúne os campi de Cametá e Abaetetuba, por exemplo.
Outro ponto de destaque é a involução do orçamento da universidade que foi de R$ 219 milhões em 2014, R$ 217 milhões em 2015, R$ 194 milhões em 2016 e deve ser de R$ 178 milhões no ano que vem. “O Orçamento é a previsão. É um planejamento que, desde o final de 2014, não tem sido realizado e esses números aqui apresentados não contêm o contingenciamento, apenas o que era previsto. Mas seus limites tornam ainda mais importante o planejamento e a gestão em todas e em cada uma das unidades da universidade”, ressalta.
Cortes e contingenciamento limitam investimentos - Já o Pró-reitor de Administração João Cauby Júnior, reforçou que o papel da Proad é a administração do que foi previsto e pactuado no orçamento anual em relação aos recursos que efetivamente chegam à instituição anualmente. Em 2016, do total de recursos previstos para investimentos pouco mais da metade efetivamente chegou aos cofres da universidade.
“É um problema que atinge nossa possibilidade de crescimento e de manutenção das obras, mas estamos fazendo todo o possível para que o que é prioridade seja feito e que as demandas de ensino, pesquisa e extensão não esperem. Mas, cada vez mais precisaremos economizar e todos são convidados a ajudar no que é um desafio cotidiano”, garantiu.
Para ele os números revelam a dificuldade do investimento para o crescimento da universidade, que tem se empenhado para melhor administrar os recursos e investir para que as atividades de ensino, pesquisa e extensão não sejam afetadas. 
“Teremos, por exemplo, um aumento de R$ 6 milhões no orçamento da Proeg, Proex e Propesp para 2017, sendo três milhões para o ensino, dois para a pesquisa e um para a extensão. Recursos que estarão à disposição da universidade e de suas subunidades por meio dos editais que cada pró-reitoria disponibilizará”, anunciam João Cauby e Raquel Trindade.
Campi são exemplo de eficiência na gestão - Outra recomendação para lidar com o momento político e econômico atual é a união da comunidade universitária para a economia de recursos. Uma necessidade nesse momento é diminuir a demanda para energia e limpeza, por exemplo. Apenas a conta de energia da UFPA já soma quase R$ 2 milhões por mês.
“Quitamos todos os nossos pagamentos dos grandes contratos como o de energia pontualmente, mas precisamos que a demanda diminua o quanto antes. Cuidando do patrimônio público e evitando desperdícios cada integrante da comunidade ou visitante está ajudando a universidade nesse momento de limitações de recursos”, reforçou o pró-reitor de Administração.
No esforço coletivo para a manutenção da qualidade da UFPA, os campi são um exemplo e inspiração. “A capacidade de gestão dos campi é extraordinária. Não sabemos o que vem pela frente, mas a boa vontade, desejo e cooperação irão nos ajudar a continuar e os campi são o maior exemplo que temos de que podemos fazer muito com pouco. Suas conquistas e criatividade que impulsionaram o crescimento de cada uma das 12 sedes da UFPA nos dão direcionamento, fé e exemplo”, assegurou o vice-reitor, Gilmar Silva, durante o fechamento do XXVIII Fórum dos Coordenadores dos Campi da UFPA.
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Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes
Publicado em: 07.12.2016 18:00

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