quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Filme sobre cultura árabe será exibido no Centro de Eventos


A Casa de Estudos Árabes da Universidade Federal do Pará (Cearabes/UFPA) realizará o primeiro evento de divulgação e valorização da cultura árabe no Pará trazendo um importante documentário que mostra que os árabes foram os primeiros a chegar ao continente americano. O documentário será exibido, gratuitamente, nesta quinta-feira, 27, das 9h às 12h, no Centro de Eventos Benedito Nunes.
O documentário chama-se Nós descobrimos a América antes de Colombo e foi produzido pelo professor da Universidade de Taibah, na Arábia Saudita, Khalid Abualkair. Além da UFPA, o filme será exibido em apenas quatro universidades brasileiras: a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Pernanbuco (UFPE).
Viagens – No filme, o professor Khalid e outros 30 pesquisadores buscam demonstrar as relações existentes entre os povos árabes que ocuparam a Península Ibérica até o século XIII e as expedições para conhecimento de outras terras, que culminaram com a chegada à América, por volta do ano de 1370. O professor buscou, por dois anos e meio, informações em bibliotecas e centros de pesquisa de países como Espanha, Mali, Marrocos, Senegal e Brasil, a fim de conhecer os detalhes da chegada dos árabes ao continente.
Segundo o professor da UFPA e vice-coordenador da Cearabes, José Cauby Monteiro, a exibição do filme tem uma importância dupla para a nova instituição. “Este evento tem a grande importância de trazer um conhecimento muito importante para o Brasil e para os árabes também. Além disso, também queremos dar início aos trabalhos da Casa de Estudos Árabes, que será um órgão simples, que contará com muitos eventos práticos”, adianta o professor.
Já para o coordenador da Casa, o professor Said Mounsif - natural de Marrocos-, o evento busca valorizar as influências árabes presentes na cultura brasileira, desde seu início até aqui. “Nós queremos destacar as contribuições que a cultura árabe trouxe para a cultura brasileira, nisso a participação da comunidade árabe é fundamental tanto no ambiente acadêmico quanto na sociedade em geral”, afirma o professor.
Parceria – A exibição do filme está sendo realizada em parceira com o Centro Islâmico Cultural do Pará e com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFPA. O professor Khalid virá, voluntariamente, ao Brasil para fazer a apresentação do documentário, quando deverá passar por São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Belém. O evento é aberto ao público interessado. Estudantes que desejem ganhar certificado podem deixar nome e endereço de e-mail, para que ele seja enviado por internet.
Serviço:
Exibição do filme documentário Nós descobrimos a América antes do Colombo
Data: 27 de agosto de 2015
Hora: 9h às 12h
Local: Centro de Eventos Benedito Nunes, Campus Básico da UFPA, Rua Augusto Correa, nº 1 - Guamá.
Entrada gratuita. Estudantes que desejem certificado devem deixar nome e e-mail na entrada do evento.
Texto: Alesson Rodrigues - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução / Google

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Convite para a conferência "Estudos Superiores e Investigação Científica na Espanha"

A Pró-Reitoria de Relações Internacionais da UFPA e o Centro de Recursos Didaticos de Espanhol (CRDE) convidam a comunidade acadêmica para a Conferência "Estudos Superiores e Investigação Científica na Espanha", que será ministrada pelo Conselheiro de Educação da Embaixada da Espanha no Brasil, Alvaro Martinez-Cachero Laseca. Serão debatidos aspecto relacionados à realidade científica e educacional na Espanha, e também as possibilidades de de estreitar as relações e intercâmbios entre os países.

Data: 20 de agosto de 2015.
Horário: de 14h
Local: Anexo A – Instituto de Letras e Comunicação da UFPA - ILC

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Dança Africana no AmazonMix na UFPA.

      As jovens africanas que encantoaram a todos com sua dança durante o Festival AmazonMix, na UFPA em junho.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

"Caixa eletrônico" que vende água barata alcança mais de 100 mil pessoas na África


O "caixa eletrônico" que distribui água beneficia   Christopher Furlong/GettyImages
Uma parceria público-privada entre o governo de Nairóbi, capital do Quênia, e a companhia dinamarquesa de engenharia hídrica Grundfos resultou na instalação de sistemas de distribuição de água limpa e barata em áreas pobres da cidade, muito parecidos com caixas eletrônicos. Esta é a primeira parceria desse tipo no Quênia, que já vinha recebendo projetos pilotos desde 2009. Segundo a empresa, desde o início do projeto, mais de 100 000 pessoas em todo país foram beneficiadas e o plano é expandir o mesmo esquema para outros países em desenvolvimento.
A máquina de abastecimento, muito similar a um caixa eletrônico, por isso apelidada de "Water ATM", tem duas principais vantagens: a facilidade de operação e o baixo preço de venda da água. Três itens compõem o sistema de distribuição: a máquina central, ou "caixa eletrônico de água", que fornece o recurso e controla as transações de compra; um cartão de crédito inteligente, que pode ser recarregado pelo celular ou pelo site da companhia; e um sistema computacional onde são processados os dados daquele quiosque hídrico, como a demanda local e a frequência de operações. A bomba submersível funciona à base de energia solar e “produz” um metro cúbico de água por hora – um filtro é adicionado ao distribuidor. Uma vez que o cartão é inserido na máquina e o consumidor indica a quantidade de água que gostaria de retirar, a água cai automaticamente por um cano até o galão.
A companhia de distribuição de água local em Nairóbi, Nairobi City Water and Sewerage, informou à BBC que vende 20 litros água pelo preço de 0,5 xelins quenianos, valor equivalente a dois centavos de real. Antes da implementação do projeto, os moradores do subúrbio de Nairóbi compravam a mesma quantia por 50 xelins – cem vezes mais do que as máquinas de distribuição. Os chamados cartões inteligentes foram distribuídos de graça aos residentes de Mathare, uma das maiores favelas da capital. A eles basta carregá-los com a quantia desejada, sem limite de valor.



O distribuidor de água da companhia Grundfos que lembra um caixa eletrônico
“Provamos que essas comunidades poderiam estabelecer um fluxo de receita sustentável, já que os consumidores finais pagam pela água que consomem, e assim ficam menos dependente do financiamento dos doadores", disse a INFO Peter Todbjerg Hansen, diretor administrativo da Grundfos, baseado na Dinamarca. “Os moradores não pagam a Grundfos, eles pagam para os fornecedores de serviços de água”.
Andreas Kolind, gerente de vendas da Grundfos, informou a INFO que, desde 2009, a empresa já instalou cerca de 150 "caixas" no Quênia. “Seria possível ter projetos sustentáveis ​​em áreas rurais e favelas urbanas? A resposta a essa pergunta é sim" disse Kolind. Agora, seis anos depois, ele disse que o custo do equipamento caiu em 85% em relação aos protótipos e a empresa está em fase de crescimento. Até então, o projeto nunca havia sido implementado em uma área urbana.
Quando a Grundfos lançar o produto comercial (oficialmente denominado AQtap) a nível global, ainda sem previsão, os clientes é que vão determinar o valor da água – mas nada muito mais caro do que o preço em Nairóbi. Como os distribuidores podem ser conectados à rede pública de água local, será possível construir uma rede de quiosques conectados entre si. Os AQtaps serão vendidos a serviços públicos de água e ONGs, que poderão ter acesso a esses dados para diversos fins. Cada unidade será vendida a um preço entre 4 000 e 5 000 dólares.
Kolind afirmou também que a empresa quer expandir parcerias para outros países em desenvolvimento. “Nós sabemos muito sobre as necessidades na África Subsaariana e da Ásia, mas precisamos estudar América do Sul antes de sabermos para onde ir”, disse ele. “O Brasil está na lista a ser estudado”.
ONU estima que cerca de 700 milhões de pessoas em 43 países sofrem atualmente com a escassez de água, sendo a África Subsaariana a região mais afetada do mundo. Além disso, 1,6 bilhão de pessoas – quase um quarto da população mundial – são atingidas pela falta de infraestrutura necessária para retirar água de rios e aquíferos adequadamente, sobretudo por motivos econômicos.
O sistema não é promissor apenas no Quênia, mas em outros países que sofrem do mesmo problema. Segundo Kolind, os países da primeira fase de expansão são Uganda, Tanzânia, Etiópia, Malawi, Zâmbia, Nigéria, Gana, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Índia e Bangladesh. “O plano é alcançar a vida de 10 milhões de pessoas até 2020”, disse ele.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Casa Brasil-África participa das Discussões sobre Saúde da População Negra na Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)


Casa Brasil-África participa das Discussões sobre Saúde da População Negra na Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
Coordenador da Casa Brasil África Pf. Dr. Hilton Pereira apresentando trabalho sobre saúde de populações quilombolas paraenses em uma das sessões da Abrasco.
No período de 28/7 a 1/8/2015 realiza-se na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, o XI Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), com a presença de cerca de cinco mil participantes em dezenas de sessões e mesas de debate sobre todos os temas relacionados à saúde no Brasil. O Congresso é um dos maiores eventos de saúde da América Latina e reúne pesquisadores, estudantes, representantes do governo e da sociedade civil (http://www.saudecoletiva.org.br/).

Os desafios à promoção de saúde da população negra tem destaque neste Congresso com quatro sessões de trabalhos e duas mesas de discussão. No dia 29, na sessão sobre Saúde das Populações Remanescentes de Quilombos e as Diferenças Raciais na Morbidade e na Mortalidade, foi apresentado o trabalho "Estado nutricional de uma população Quilombola do Estado do Pará", que é parte das pesquisas realizadas pela mestranda Raissa Guimarães, do Mestrado em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia e pelo Prof. Hilton P. Silva, Coordenador da Casa Brasil-África e do Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS). O resumo do trabalho está disponível em: http://www.saudecoletiva.org.br/programacao/exibe_trabalho.php?id_trabalho=2394&id_atividade=505&tipo=
Os resumos de todos os trabalhos apresentados estão disponíveis no site da Abrasco.
Durante o Congresso também foi divulgado o lançamento do Dossiê Saúde da População Negra, daRevista da Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros, Volume 7, número 16, março-junho/2015(Disponível em: http://www.abpn.org.br/Revista/index.php/edicoes/issue/current), que foi organizado pela Profa. Edna Araújo, da Universidade Estadual de Feira de Santana e pelo Coordenador da CBA. A Coordenação da CBA também participou das discussões sobre a futura formação de Grupos de Trabalho tanto na ABPN quanto na Abrasco voltados especificamente para a discussão dos temas e políticas relacionados à saúde da população negra.  

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