quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Universidades do Pará e de Cabo Verde querem reforçar cooperação

Universidades do Pará e de Cabo Verde querem reforçar cooperação

Segundo Marcelo Galvão Baptista, da UFPA, uma das primeiras iniciativas desta nova etapa da cooperação poderá acontecer com a retoma do mestrado em segurança pública e uma eventual evolução deste para o doutoramento.
 
 

Praia - A Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Uni-CV, universidade pública de Cabo Verde, devem assinar brevemente sete adendas ao seu protocolo de cooperação de 2009, anunciou o assessor de relações internacionais para universidades africanas lusófonas da instituição brasileira, citado pela agência Inforpress.
Segundo Marcelo Galvão Baptista, uma das primeiras iniciativas desta nova etapa da cooperação poderá acontecer com a retoma do mestrado em segurança pública e uma eventual evolução deste para o doutoramento, uma vez que a Universidade Federal do Pará é a única no país com essa formação. 
O assessor de relações internacionais da pró-reitoria desta área para universidades africanas de língua portuguesa foi responsável pelo primeiro curso de mestrado em Cabo Verde nessa disciplina, altura em que foi "cedido" pela UFPA para trabalhar alguns anos na Uni-CV, onde foi presidente do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, vice-reitor e reitor em exercício.
Entre as áreas que podem vir a ser contempladas por essas adendas, em Cabo Verde e no Brasil, Marcelo Galvão Baptista destacou história da arte, estudos afro-diaspóricos, violência baseada no género (VBG), empreendedorismo universitário, inovação tecnológica, ordenamento territorial, além de acções conjuntas ligadas à Casa Brasil/África e à Cátedra Amílcar Cabral.
Da parte da Uni-CV, existem outras propostas que deverão ser estudadas com a UFPA, admitiu o professor, que afirmou continuar a acompanhar a cooperação com a fundação CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do Ministério Brasileiro da Educação, no âmbito da iniciação científica.
"Eu trouxe este projecto para Cabo Verde, coordenei-o durante o tempo que fiquei cá e continuo, de alguma forma, a ajudar a Uni-CV nesta área", realçou, lembrando que a UFPA já assinou um protocolo com a universidade pública para que os alunos de iniciação científica também sejam alocados nessa instituição brasileira.
Isso enquanto a CEPES continuar a apoiar a Uni-CV neste projecto, explicou Marcelo Galvão Baptista, esperançado que assim será porque a parte cabo-verdiana "faz o seu trabalho de casa, ou seja, os alunos beneficiados (20 anualmente) realizam, no seu regresso, congressos de iniciação científica e fazem edições, o que é muito importante".
Enquanto docente, Marcelo Galvão Baptista tem em projecto promover uma linha de pesquisa no mestrado em segurança pública para analisar os sistemas de segurança e as instituições voltadas para a segurança pública aqui e no Brasil.
"Como psicólogo, penso que devo me preocupar com a saúde física e a saúde psíquica desses agentes e o meu projecto é avaliar o seu desempenho e a relação entre eles e a saúde", afiançou.
O professor doutor nascido na ilha do Fogo tem planos para sempre "estar vindo" a Cabo Verde, pelo menos uma vez por ano, sendo certo que após a sua aposentadoria terá condições de passar mais tempo no arquipélago.
Marcelo Galvão Baptista encontrava-se na Praia integrando uma delegação de seis professores pesquisadores da UFPA para uma missão de duas semanas, que incluiu encontros ao mais alto nível com a nova equipa reitoral.
Houve também palestras, aulas em várias áreas, defesas de mestrado em Segurança Pública e participação no seminário internacional sobre "A condição feminina: identidade, vulnerabilidade e inclusão social", organizado pela Uni-CV, nos dias 03 e 04 de Novembro.
As informações são da agência Inforpress.

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