quinta-feira, 5 de março de 2015

Calouros africanos são recepcionados na UFPA

Calouros africanos são recepcionados na UFPA

Com o objetivo de recepcionar e instruir os calouros africanos, a Casa de Estudos Brasil-África da Universidade Federal do Pará (UFPA) realizou uma programação para dar as boas-vindas aos recém-universitários advindos do continente africano. A recepção dos 17 novos estudantes teve início na manhã desta terça-feira, 3 de março, no Laboratório de Antropologia, localizado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Campus Básico da Universidade.
A programação foi iniciada com uma conferência de abertura, na qual o professor Hilton Pereira da Silva, coordenador da Casa Estudos Brasil-África/UFPA, apresentou informações gerais da Instituição para os calouros africanos.  O docente ressaltou que há um enorme desconhecimento do Brasil sobre a África e enfatizou a importância dos alunos estrangeiros para a Instituição. “A vinda dos alunos é importante e é uma vitória ideológica da necessidade de integrar a Amazônia com o restante do mundo. A presença dos calouros africanos nos ajuda a compreender melhor a África, já que estes compartilham conosco um pouco de sua experiência vivida lá”, disse Hilton Silva.
Participaram, ainda, da conferência de abertura a pró-reitora de Ensino de Graduação (Proeg), Lúcia Harada; o docente Raimundo Jorge de Jesus, coordenador da Cátedra Brasil-África/UFPA; e Apolinário Alves Filho, pesquisador do Grupo de Estudos Afro-Amazônico/UFPA (GEAM). Na programação vespertina, uma apresentação do Serviço Psicoeducacional da Diretoria de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Extensão (DAIE/Proex) foi realizada pela diretora Ana Clotildes Colares Gomes; em seguida, o site da Casa de Estudos Brasil-África foi apresentado para os calouros.
Aprendizados - O calouro de Economia Serge Houegnon, vindo de Benin, afirmou que escolheu a UFPA por oferecer muitos aprendizados na prática para os estudantes, ofertando muitos estágios que considera importante para a formação acadêmica. “Lá, em Benin, tem muita teoria e pouca prática e aqui, na UFPA, temos mais acessibilidade para falar com os professores”, observou o recém-graduando.
Acolhimento e convivência - O professor Raimundo Jorge de Jesus deu boas-vindas aos calouros e explicou que a UFPA foi a primeira universidade do País a ter uma Casa Brasil-África para acolher e receber os estudantes africanos. O docente destacou que “a Casa de Estudos Brasil-África, além de acolhimento, é um espaço de convivência. A UFPA espera aprender muito com vocês. Precisamos conhecer mais a África, que tanto contribuiu com a arte, a religião e a estética para o nosso país.”
Oportunidades - Já Eliane Soares, procedente de Cabo Verde e aprovada no curso de Odontologia, soube que a UFPA tem ótimos professores e que recebe muito bem os estudantes estrangeiros. A caloura ressaltou, também, que muitas oportunidades são oferecidas por meio dos laboratórios de ensino e pesquisa. Eliane complementou dizendo que “os estudantes saem daqui muito preparados. Meu interesse foi maior quando meus amigos de Cabo Verde que estudam aqui me deram boas referências dos professores, além de ter boas bibliotecas na Universidade.”
PEC-G - Os 17 estudantes africanos chegaram à UFPA por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que o governo federal brasileiro mantém em parceria com os países em cooperação diplomática. Os estudantes africanos em sua maioria vêm da República do Congo, República Democrática do Congo, Guiné Bissau, Angola, Benin, Gana, Cabo Verde e Namíbia.
Casa Brasil-África – As atividades desenvolvidas na Casa de Estudos Brasil África/UFPA têm o objetivo de apresentar uma nova imagem da África, promovendo a formação profissional para a inclusão da questão racial na educação e as contribuições do direito para as relações raciais dos alunos africanos, assim como oferecer elementos para a compreensão da contribuição dos povos africanos na formação do Brasil moderno.

Texto: Rafael Rocha – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Divulgação / evento

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